Política

Ministério de Mariana Vieira da Silva em silêncio após críticas de Marcelo ao Governo devido à Champions

Mariana Vieira da Silva
Mariana Vieira da Silva
ANTONIO PEDRO SANTOS/LUSA

Ministério da Presidência recusa comentar as críticas do chefe de Estado às falhas nas medidas para a final da Liga dos Campeões. Em causa estava a garantia dada pela governante de que os adeptos chegavam ao Porto, cidade onde só permaneceriam por 24 horas, em “situação de bolha”

Ministério de Mariana Vieira da Silva em silêncio após críticas de Marcelo ao Governo devido à Champions

Liliana Coelho

Jornalista

O Governo mantém-se em silêncio após a polémica da Champions no Porto, onde os adeptos ingleses não cumprem as medidas da pandemia. Contactada pelo Expresso, o Ministério de Mariana Vieira da Silva recusou comentar as declarações do Presidente da República, que criticou este sábado a atuação do Governo.

Em causa estão os comportamentos de adeptos do Reino Unido que vieram assistir à final da Liga dos Campeões e que na sua esmagadora maioria não usam máscara, não cumprem o distanciamento social, bebem álcool na via pública e envolvem-se em escaramuças. Cenário que vai contra as garantias dadas pela ministra do Estado e da Presidência, que tinha dito que os adeptos chegavam ao Porto com teste à covid-19 e iriam permanecer em "situação de bolha" antes de regressarem ao Reino Unido no mesmo dia da chegada. "As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito e em situação de bolha, ou seja, em voo charter, deslocação para duas zonas de espera de adeptos, daí para o estádio e depois do jogo de volta para o aeroporto, estando em território nacional menos de 24 horas", disse a ministra quando anunciou o plano para a final. Este era o plano do Governo no papel, mas a realidade está a fintar o que estava delineado.

O chefe de Estado não hesitou em criticar este sábado de tarde o Executivo e apontar falhas na comunicação. "Quando se comunica que se vem em bolha é porque se vem em bolha. Senão não se diz que se vem em bolha. Diz-se vêm tantos, uns vêm em bolha, outros não. E depois tem de se explicar porque foi diferente. E tem de se ter a noção do exemplo que se dá", declarou Marcelo Rebelo de Sousa à margem de um evento no Banco Alimentar.

Segundo o Presidente da República, o discurso do Governo tem de ser coerente e esta falha deve servir de lição."As pessoas criticam se não bater certo com a realidade. Houve circunstâncias que não decorreram como tinha sido dito que ia decorrer. Acontece, mas é uma lição", acrescentou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt

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