Em cima de um móvel, no seu gabinete de deputado, André Ventura tem uma espécie de altar: uma fotografia com a mulher, outra com a filha, uma no Estádio da Luz, um busto de Cristo, um galo de Barcelos... e uma foto com Pedro Passos Coelho. O líder do Chega e candidato a Presidente da República “gostava” que o ex-primeiro-ministro “voltasse” porque “era útil para a direita”. E diz: “Quem sabe se um dia poderíamos fazer parte do mesmo Governo.” O chefe da direita radical desmente Rui Rio sobre os Açores — diz que falou com ele e que há um acordo nacional para dois dossiês —, e garante que nunca haverá entendimento com o PSD sem a castração química de pedófilos e a prisão perpétua. E nega que esteja a incentivar o racismo, apesar da linguagem que usa.
Vamos supor que ganha as presidenciais: demite Costa, dissolve o Parlamento ou pede um acordo escrito para garantir estabilidade?
Exigia ao PS instrumentos de garantia de estabilidade: um acordo escrito com as várias forças. Não podemos ter um Governo nas mãos do PAN e de duas deputadas não inscritas, num momento de crise em que vão chegar fundos estruturais importantíssimos, com uma dívida pública a atingir valores históricos. O Presidente da República (PR) deve ser o último a querer instabilidade nesta altura.
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