Carlos Silva, secretário geral da UGT, assume "desconforto" com a greve de cinco dias decretada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses. O Sindepor integra a central sindical, mas o líder garante que "a UGT não dá ordens aos seus sindicatos, que são soberanos nas decisões que tomam". Já sobre a paralisação não tem dúvidas: "é um erro" e um "virar as costas às pessoas"
Começou esta segunda-feira e dura cinco dias, a greve convocada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor) contra o desgaste e desmotivação destes profissionais, e que vai abranger todo o território, com exceção da Região Autónoma da Madeira. O sindicato faz parte da UGT, mas o líder daquela central sindical assumiu ao Expresso o "desconforto" perante uma paralisação decretada em pleno estado de emergência e com os números da pandemia a crescer de forma exponencial.
"Os enfermeiros têm razão, mas esta não é a altura", diz Carlos Silva, que reconhece que "estes profissionais são heróis para todo o povo, menos para o Governo" e que "há razões de fundo para este protesto". No entanto, "fazer uma greve nesta altura, por muita razão que se tenha, é um gesto ofensivo dos direitos das pessoas que necessitam dos cuidados de saúde".
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