Tusk liderou “coligação de vitória” na Polónia e pode descomplicar relação com UE
Nas eleições legislativas de domingo, “a oposição conseguiu mobilizar a população para um voto pró-democracia, pró-Europa e pró-Ucrânia”, defende a investigadora Madalena Resende. Para a repórter Mariana Abreu, que nos fala a partir de Gdansk, o que cola uma previsível ‘geringonça’ liberal e de centro é “a vontade de reconstruir o que foi destruído pelo PiS nos últimos dois mandatos”. Oiça aqui o podcast O Mundo a Seus Pés
O quinto país mais populoso da União Europeia foi a votos este domingo numas legislativas descritas como as mais importantes desde a queda do comunismo na Polónia, em 1989. As projeções à boca das urnas davam a vitória ao partido Lei e Justiça (PiS, de direita nacionalista) – que concorria a um inédito terceiro mandato –, mas sem condições para manter a maioria parlamentar. Já a Coligação Cívica, encabeçada por Donald Tusk, antigo primeiro-ministro e ex-presidente do Conselho Europeu, surgia com uma vantagem folgada para, aliando-se a duas outras forças políticas, conseguir maioria.
Madalena Resende, investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), e Mariana Abreu, que nos fala a partir da Polónia,são as convidadas de um episódio conduzido pelo jornalista Hélder Gomes e com sonoplastia de Joana Beleza.
Se Donald Tusk, “o líder que faltava à oposição”, voltar a ser primeiro-ministro, terá a árdua tarefa de “desfazer a captura do Estado” protagonizada pelo PiS ao longo de oito anos de governação, sublinha a investigadora do IPRI. Por outro lado, com uma “polarização” que se foi acentuando no país, não se vislumbra “um momento de unificação pós-eleitoral”, diz.