Ricardo Teixeira, CEO da Jumpmaster Investimentos: "Sempre fiz tudo para que a minha cadeira de rodas não fosse uma desvantagem"
No sexto episódio do podcast “O CEO é o limite” recebemos Ricardo Teixeira, CEO da Jumpmaster Investimentos, para uma lição de vida e de gestão sobre o poder de recusar a fatalidade como um destino
O que tem em comum um negócio na área digital, uma empresa de investimentos imobiliários e um restaurante de frango assado? O Ricardo Teixeira. O presidente-executivo da Jumpmaster Investimentos e da Compuworks é um empreendedor em série, que encontra energia e motivação na capacidade de pegar em negócios tradicionais e reinventá-los.
Diz que é um gestor focado no futuro que tem como hóbi “analisar negócios e perceber o que faria de diferente”. Aos 15 anos já era uma espécie de CEO de si mesmo. Usava um canto da loja dos pais para vender aos amigos equipamentos de skate e bodyboard. Mas foi nas tecnologias que se iniciou no mercado de trabalho, ao serviço da Microsoft, em teletrabalho, o que “há 25 anos atrás era uma coisa muito disruptiva, até para a própria Microsoft”, recorda.
Bastaram-lhe dois anos para perceber que precisava da adrenalina do incerto. Deixou a estabilidade da multinacional para arriscar sem conhecer o retorno. Estávamos no ano 2000, pleno boom das dot.com, e Ricardo colocou no mercado uma das primeiras empresas do país na área do Marketing Digital, a Webdote, que acabaria por vender em 2006 ao grupo Strat.
Desde então colocou a sua assinatura em vários negócios, criou e vendeu várias empresas, das tecnologias ao investimento imobiliário. Mas foi fora destas áreas que mais arriscou. Inspirou-se numa agência funerária para criar um restaurante de frangos assados.
Confuso? Ele explica: “Eu tive um cliente que era a Servilusa, o negócio da morte, que pegou numa área que ninguém queria e reformulou toda a estratégia de negócio de uma forma brilhante, mudando por completo o panorama do sector. Tinha grande admiração por eles e pela sua visão”. De tal forma que, recorda, “desafiei-me a, um dia, pegar num negócio tradicional, inová-lo” e nasceu o Bairrista.
Ricardo fez tudo isto sentado numa cadeira diferente das demais. Aos 17 anos, um mergulho falhado no mar deixou-o tetraplégico, numa cadeira de rodas. Não se deixou vencer. Pegou em todas as pedras do caminho e construiu uma rampa para chegar onde sempre tinha sonhado.
O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer.
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