Se “por A mais B” ficar claro que um determinado membro da igreja ajudou a encobrir um caso de abuso sexual de uma ou mais crianças o que pode ser feito? Pode existir uma condenação? A resposta passa por um redondo não. Se já existir uma investigação em curso, podem existir sanções para quem tentar ocultar algo, mas nesse caso o crime é outro.
Grande parte dos crimes de abusos sexuais na igreja, agora denunciados, já prescreveram. Significa isto que os suspeitos não podem ser investigados, não podem ser obrigados a afastarem-se das vítimas e muito menos condenados. A justiça ficará perdida no tempo, para a maioria das crianças, agora adultos, abusados no seio da Igreja.
À conversa com a jornalista Ana Peneda Moreira, o advogado Paulo de Sá e Cunha lembra que um crime de abusos sexuais de menores prescreve mais cedo do que um crime de corrupção. Duarte Abecassis, também advogado explica até onde pode ir a mão punitiva dos tribunais eclesiásticos e o teólogo Henrique Pinto fala de uma igreja que foi empurrada a agir em defesa dos mais vulneráveis.
'Justiça sem Códigos' é um podcast semanal da SIC Notícias. Todas as quartas-feiras a jornalista Ana Peneda Moreira conta com a análise do advogado Paulo Sá e Cunha para uma conversa sobre Justiça, de forma clara e sem tabus. Partindo de casos concretos, são discutidos temas mediáticos e tantos outros ponderados, por todos, na vida quotidiana.
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Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: anamoreira@sic.impresa.pt
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