Pedro Calado, presidente CM Funchal: “Vamos tentar evitar a todo o custo o fim dos vistos gold na Madeira, em termos legislativos e legais”
Destino turístico de excelência, múltiplas vezes premiada internacionalmente, a ilha da Madeira é hoje procurada não só pelos turistas, mas também por um número cada vez maior de estrangeiros que procuram comprar casa na região ou investir em projetos imobiliários. Como argumento de venda está muitas vezes a atribuição do visto gold, que o presidente da Câmara Municial do Funchal, defende que continue a existir. No Expresso Imobiliário, Pedro Calado mostra-se muito crítico da estratégia do Governo para responder à crise habitacional e afirma: “Não vamos implementar as medidas do programa Mais Habitação no Funchal”
Destino turístico de excelência, múltiplas vezes premiada internacionalmente, a ilha da Madeira é hoje procurada não só pelos turistas, mas também por um número cada vez maior de estrangeiros que procuram comprar casa na região ou investir em projetos imobiliários. É na cidade do Funchal e arredores que se concentra a maioria dos investimentos, em franca expansão nos últimos anos, sobretudo pós-pandemia. No Expresso Imobiliário, Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal, destaca o crescimento do setor desde 2014: "Em apenas 8 anos, passámos de um volume de vendas de 180 milhões de euros, para 841 milhões".
Os estrangeiros olham cada vez mais para a região e representam já 50 por cento da procura no Funchal: "Se em 2019 tínhamos pouco mais de 20 milhões de euros em transações, hoje temos um valor superior a 125 milhões. É um crescimento de 105 milhões de euros em três anos".A juntar aos estrangeiros vindos do norte e centro da Europa, a guerra veio trazer também cada vez mais investidores vindos da Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, com grande capital a investir no Funchal.
Já sobre o programa Mais Habitação, aprovado pelo Governo central, Pedro Calado critica a estratégia do executivo e diz que o município vai fazer tudo para que as medidas não sejam implementadas no concelho madeirense. "Foi um programa que merecia outra atenção e outro cuidado. Porque se o objetivo era termos mais condições para criar mais habitação, a preços mais acessíveis, aquilo que estamos a assistir no mercado é precisamente o efeito contrário". Diz, por isso, que o município não vai aplicar medidas como o arrendamento coercivo e os Vistos Gold continuam, para já, a ser concedidos na Madeira.
A entrevista no “Expresso Imobiliário” foi conduzida pela jornalista Rita Neves e teve sonoplastia de João Martins e João Ribeiro.
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