Um dos temas mais quentes das últimas semanas é a decisão tornada pública referente às normas de elaboração de ementas e venda de géneros alimentares nos estabelecimentos de educação e ensino. Pretende-se que as escolas públicas comecem a oferecer refeições "nutricionalmente equilibradas, saudáveis e seguras”. O que está de errado na alimentação das nossas crianças nas escolas? Será uma medida necessária ou exagerada?
A Direção-Geral da Saúde afirma que "a alimentação na infância tem um papel determinante no crescimento e desenvolvimento das crianças e é neste período que se moldam os gostos e preferências alimentares e que se programa a saúde futura". As crianças tendem a imitar o que vêm nos seus adultos de referência e, de um modo geral, quando os pais têm hábitos alimentares saudáveis, os filhos também os terão. É preciso não esquecer também que a pandemia e os repetidos confinamentos diminuíram a possibilidade de muitos portugueses praticarem exercício físico. Em alguns casos houve maus hábitos alimentares que se instalaram. Noutros casos, a permanência em casa permitiu procurar alternativas e melhorar a alimentação. Mas, para uns e para outros, houve mudanças com a pandemia e agora é altura de acertar as contas com a saúde. Aos educadores cabe o papel orientador e este episódio traz sugestões e alertas que convém ter em conta.
Com a participação da jurista Odete Severino Soares e da psicóloga Rute Agulhas, conversámos com a diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde, Professora Maria João Gregório, e com Bruna Gonçalves, estudante de Setúbal, com 13 anos. Uma conversa que espera poder ajudar as famílias a conquistarem hábitos alimentares e um ambiente mais saudável. O debate é guiado e moderado pela jornalista Christiana Martins e a sonoplastia é de João Luís Amorim. A cada 15 dias, voltamos com um novo tema e com a participação de especialistas e crianças e jovens.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CAMartins@expresso.impresa.pt