O confronto não é sobre maior ou menor abertura à imigração. Todos sabem que o País (e a Europa) colapsa sem imigrantes. É entre ter mão-de-obra escrava, descartável e subjugada, que não partilha da prosperidade que ajuda a criar, ou cidadãos plenos. Se vêm para trabalhar e ir embora, não precisam de reunificação familiar, templos ou acesso a serviços públicos, porque não é suposto criarem raízes. Temos alguma vantagem em concorrer com trabalhadores sem direitos?
Como bem escreve Ricardo Paes Mamede, as posições, à esquerda e à direita, são menos ordenadas do que parecem. Mas finge-se que o debate é entre os que querem a imigração desregulada (os mesmos que são acusados de protecionismo por ser contra a desregulação dos fluxos financeiros e comerciais) e os que desejam um acolhimento “humanista” e que permita a integração. Nada disso é confirmado pelas últimas polémicas.
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