Os defensores da austeridade sabem pôr-se ao fresco. No tempo da troika, Hélder Rosalino tratou da razia de salários e tentou o maior corte de sempre das pensões. Ficou no Banco de Portugal, a receber 16 mil para a aquecer um lugar que não teria de ser ocupado se saísse. Para ser secretário-geral do governo, mudou-se a lei à medida. O escrutínio impediu-o, mas quando disserem a funcionários públicos e pensionistas que o orçamento não aguenta as suas reivindicações, só têm de recordar Rosalino: “ai aguenta, aguenta!”
Parece ter havido algum “delay” no escrutínio ao novo poder. Oito anos de PS criaram a ideia que era o PS, e não o poder, que tinha de ser escrutinado. E, no entanto, assistimos a um rapidíssimo assalto ao Estado de um PSD faminto de tão longo jejum. Mesmo o CDS, morto e ainda não enterrado, mantém intacto o seu voraz apetite. De tal forma que uma vereadora de Lisboa, de 22 anos, que nem sequer tinha direito ao lugar, conseguiu nomear para jurista uma jota que não é jurista.
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