Mal tinha o carniceiro de Damasco aterrado em Moscovo, já Israel destruía, para lá do risco de armas químicas, as capacidades militares da Síria, para que se mantenha, como o Líbano, um Estado falhado. E violava o acordo de cessar-fogo, para ter uma zona tampão que proteja a zona tampão. Israel foi fundamental para a vitória dos descendentes da Al-Qaeda, com quem partilham o inimigo e que não são um risco para ele. Mas, à sua volta, quer Estados fracos
Sobre o que penso em relação ao que se passa na Síria, escrevi o fundamental na segunda-feira. A simplificação emocional a que assisto, que confunde a natural esperança do martirizado povo sírio perante a queda de um sanguinário ditador com uma “libertação” levada a cabo pelos que ainda há uma semana eram tratados como terroristas, dependentes de uma coligação que tem como único cimento o ódio ao carniceiro caído, confirma o que temia. Mas não é preciso transformar fanáticos religiosos em libertadores para festejar a queda de um carniceiro.
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