Longe vão os tempos em que se entrava em modo monotemático por causa de um desaguisado entre um ministro e seu assessor. O MNE diz que "com os militares é sempre a mesma merda", levanta a voz ao CEM da Força Aérea e recusa-se a cumprimentar um comandante, em público, e a notícia anda a ganhar pó desde 4 de outubro. E ninguém comenta: Rangel, Melo, Marcelo. A falta de escrutínio tende a levar ao descontrolo
Longe vão os tempos em que o país mediático entrava em modo monotemático porque assessores se desentendiam com violência. Em que um desaguisado entre um ministro e o seu assessor para a TAP levava a exigências de demissão do primeiro-ministro e o Presidente da República a falar de crise.
A notícia de insultos do Ministro dos Negócios Estrangeiros a dois militares, a quem chamou "burros” e “camelos”, acrescentando que "isto, com os militares, é sempre a mesma merda" ainda poderia passar como um pequeno escândalo. Compreende-se a irritação do irascível Paulo Rangel por não poder receber, na pista, onde se filmava o acontecimento, os portugueses vindos do Líbano. Falhava no desígnio deste governo, que é a propaganda.
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