No IRS Jovem, o governo cedeu ao PS o que teria de ceder ao TC. O PS está a ceder nas linhas vermelhas e, mesmo assim, há quem diga que quer governar na oposição. Montenegro queria ir a votos, mas percebeu que o Chega lhe ia aprovar o OE. Se está aprovado, que seja pelo PS, que não se devia ter deixado sequestrar. Com um baixo preço, dá vida segura a Montenegro até 2027 e salva Ventura de ceder. Mas a política vive de perceções e já ninguém tem espaço para romper. Ou tem?
O IRS Jovem apresentado pelo governo ficará distante do atual modelo, que o PS queria alargar, por questões de constitucionalidade, aos não qualificados. E boa parte dos problemas continuam lá: a ineficácia no objetivo de travar a emigração qualificada, o custo financeiro absurdo para os benefícios que traz, a injustiça geracional que as empresas resolverão baixando o salário base de entrada e, com isso, tornando os trabalhadores jovens mais baratos e fazendo dos 35 anos os novos 50.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com
Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate