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Opinião

Todos os riscos do mundo

Todos os riscos do mundo

Francisco Louçã

Economista, Professor Catedrático

A bufonaria tem um programa social: recusa da transição energética, choque de gerações, discriminação de mulheres ou de imigrantes e a bagatela da violência, são essas as suas normas

Sandra Petrovello, ministra argentina do Capital Humano, o que quer que isso queira dizer, declarou solenemente que qualquer beneficiário de programas sociais que participasse numa manifestação nesta semana, em protesto contra os anúncios do novo Presidente Milei, seria excluído desses apoios. Ponho-me a pensar sobre o que andará pela cabeça dos “anarcoliberais” que ganharam a Casa Rosada com o grito de “viva a liberdade” (e lembra-me, defeito meu, aquela deliciosa frase do então presidente do CDS em debate com o impante presidente do Chega, “se um regimento de cavalaria desfilar dentro da sua cabeça não se cruzará com uma ideia”, e Milei faz recordá-lo). Irá a ministra do Capital Humano obrigar as pessoas que se manifestam a passarem por um controlo policial na entrada da manifestação, registando a sua identidade? Passará a haver cidadãos com luz verde para se manifestarem e outros disso impedidos, pela superior determinação da ministra? Aplicar-se-á a simpática motosserra exibida em campanha àquele direito elementar a expressar opinião? Pensarão os seus colegas Bolsonaro e Zelensky, que se perfilaram na tomada de posse, que a receita é universal? A resposta é afirmativa. E aqui está um dos balanços de 2023, sobre o qual, agora que me vou despedindo desta coluna, deixo uma apreciação.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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