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Opinião

Guerra é o pior negócio, exceto para assassinos

Guerra é o pior negócio, exceto para assassinos

Francisco Louçã

Economista, Professor Catedrático

Este é um esplêndido negócio, protegido por silêncio e cumplicidades, visível nos países europeus da NATO, que em 10 anos aumentaram as despesas militares de €145 mil milhões para €215 mil milhões

Se já se perguntou se algum Governo do mundo poderia atacar impunemente um outro país e em dois meses assassinar quase 20 mil pessoas, na maioria crianças e mulheres, liquidar mais de uma centena de funcionários da ONU e expulsar os seus representantes, tomar como alvo jornalistas e prender médicos, destruir hospitais e escolas — se já fez essa pergunta é porque sabe a resposta. Só Netanyahu tem o direito de dirigir uma coligação racista para exterminar sistematicamente um povo, conseguindo para isso o financiamento e o armamento dos mais poderosos governos, a começar pela Casa Branca. A guerra tornou-se o seu instrumento de extermínio e prossegue implacavelmente a espiral de destruição. O terrorismo tem hoje um farol no mundo, é Netanyahu.

Saramago escreveu, tanto tempo antes desta orgia de morte, que “um dia far-se-á a história do sofrimento do povo palestiniano e será um monumento à indignidade e cobardia dos povos”. Talvez não pudesse imaginar os abismos de indignidade a que estamos agora a assistir.

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