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Opinião

O novo Presidente da Argentina

A Argentina elegeu Javier Milei em busca de um novo populismo. Nominalmente de direita, ele promete que basta acabar com o Estado para que a riqueza venha do nada

Javier Milei ganhou as eleições presidenciais na Argentina. Nas notícias portuguesas têm sido bem exploradas as suas excentricidades. Milei autodescreve-se como um “anarcocapitalista”. O seu tema de campanha foi “Liberdade”, seguida de um palavrão, e ele ligava uma motosserra nos comícios para simbolizar o corte da burocracia e do Estado. Frequentemente, veste-se com um fato de super-herói. Mais cómico, mas talvez menos relevante, ele ganhou fama como comentador na televisão, inicialmente de assuntos políticos e económicos, mas mais tarde alargado a tudo, incluindo observações sobre a prática de sexo tântrico. Durante a campanha revelou sem embaraço que os seus principais conselheiros políticos são os seus cães, com os quais ele fala frequentemente. Com um corte de cabelo invulgar e um estilo de debate mais parecido com o que vemos em Portugal nos programas de futebol (ou nos comícios do Chega), Milei não se moderou durante a campanha eleitoral. Ele foi eleito com um programa de Governo que parece impensável a um europeu, prometendo uma revolução de direita libertária na Argentina que corte fortemente na maioria dos ­apoios públicos, desmantelando o Estado social.

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