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Opinião

A maioria absoluta foi tóxica, ou tinha dúvidas?

A maioria absoluta foi tóxica, ou tinha dúvidas?

Francisco Louçã

Economista, Professor Catedrático

Não há notícia mais chocante do que uma investigação sobre corrupção de membros do Governo que nos deviam dela proteger, exceto a de uma condenação

A demissão de António Costa termina um ciclo político. No contexto, era inevitável, e não deixa de ser um sarcasmo histórico que o epicentro seja Galamba, o ministro tornado mais irremodelável por uma extravagância do primeiro-ministro. E agora ninguém sabe o que se vai passar. A dúvida não é tanto sobre a resposta institucional: escrevendo dois dias antes da publicação deste jornal, suponho que o Presidente, convocando eleições, as definirá, permitindo ao PS realizar o seu congresso e escolher entre Fernando Medina e Pedro Nuno Santos. A questão é como se vai redefinir o mapa político, na certeza de que Montenegro chefiará o PSD, radicalizará o seu discurso no caminho da extrema-direita, desmentindo e preparando um acordo com a IL e o Chega; que o PS chegará às eleições na situação em que a sua anterior vitória absoluta se tornou o seu cadastro, e a esquerda tem pela frente uma escolha difícil para a mobilização de uma alternativa imediata e consistente.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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