Menachem Begin, que viria a fundar o Likud, visitou Nova Iorque em 1948. Uma carta duríssima assinada por Hannah Arendt, Albert Einstein, Sidney Hook e mais 25 judeus (e sionistas) era clara na avaliação do Herut, partido de Begin que daria origem ao Likud. Para quem distingue, e bem, palestinianos moderados e radicais, é importante perceber que o sionismo não é todo igual. O problema é esta versão (então minoritária) “chauvinista”, para usar um termo da carta, que deixo na íntegra. É ele que está no poder
Menachem Begin, antigo líder do grupo radical Irgun, responsável pelo atentado bombista ao Hotel King David (o terrorismo é sempre uma questão de perspetiva), e que viria a ser o líder histórico da direita israelita (e fundador do Likud), visitou Nova Iorque em 1948. Não foi recebido apenas com aplausos. Uma carta assinada por Hannah Arendt, Albert Einstein, Sidney Hook e mais 25 notabilíssimos judeus (lista no fim da carta) era clara na sua avaliação do Herut(Liberdade), partido de Begin que daria origem ao Likud, chamando à atenção para o comportamento desta ala radical para com os árabes, que o massacre de Deir Yassin tão bem ilustrara.
Para quem distingue, e bem, palestinianos moderados e radicais, o Hamas da fragilizada Autoridade Palestiniana e a Fatah, é importante perceber que também o lado israelita não é homogéneo, apesar de já ter sido muito mais pluralista. O sionismo não é todo igual, ao contrário do que muitos indefetíveis e críticos de Israel acreditam, apesar de ser cada vez menos diferente.
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