Exclusivo

Opinião

OE: Costa roubou a agenda de Montenegro

Com um governo que vai muito para alem do que a troika alguma vez sonhou para o défice, que põe o resto da prioridade numa compreensiva redução dos impostos, mas sacrifica o Estado Social e os quadros que o podem manter vivo, deixando instalado o caos no SNS e na Escola Pública, não espanta que reste à direita prometer tudo a todos. Roubaram-lhe a agenda

A demagogia da direita trata, como bem disse o ministro das Finanças, o aumento da receita fiscal, fruto da inflação e do crescimento económico e do desemprego, como se resultasse de mais impostos sobre as famílias e as empresas. É verdade que os impostos diretos são trocados por indiretos e isso pode merecer um debate. Mas, ao contrário do retrato pintado, o excedente fiscal não foi conquistado por um assalto ao contribuinte. Resulta de algumas boas notícias vindas do emprego e da economia e, infelizmente, das más notícias que nos chegam do estado em que o Estado está.

A sondagem da semana passada, no Expresso, é um excelente ponto de partida para este debate. Como em todos os lados e em todos os momentos, toda a gente gostaria de pagar menos impostos. Mas, perante o triângulo impostos-défice-Estado Social, as coisas ficam matizadas. 58% não quer baixar impostos se isso levar a um aumento do défice e 74% se afetar o Estado Social, que sabem corresponder a rendimento. Teriam de pagar bastantes mais do seu bolso se não o tivessem. Sobretudo os menos privilegiados.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate