Há várias teses concorrentes para explicar o empenho do PS em recusar carreiras dignas e assim destroçar o SNS. Uma é a porta giratória, que serve a alguns
Após duas décadas de degradação de investimento público e de redução real dos salários, opção alegremente partilhada por vários governos, esta maioria absoluta enfrenta duas forças sociais, uma antiga e uma nova. A antiga é a dos professores, que já tinha desafiado um anterior Governo absoluto do PS e só quer o fim do sequestro do tempo de serviço realizado. Mas, para o Governo, os professores são o que os controladores aéreos foram para Ronald Reagan, a profissão que deve ser destruída para que o sindicalismo aprenda uma lição de autoridade. Ficará para a história esta persistência gelada que leva mesmo um ministro como João Costa a ser o quebra-sindicalistas.
O que está em causa, portanto, não é só a humilhação de professores que ficam congelados na sua perda, nem as regras que os expulsam de cidade em cidade, nem o efeito da bolha imobiliária que obriga pessoas a dormirem no carro; é, mais do que isso, a estratégia do PS para destroçar o sindicalismo, reduzindo-o a um aparelho partidário na órbita do Governo. No entanto, existe uma outra força reivindicativa que não sofre nenhuma destas dificuldades e que percebeu qual é a sua força.
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