Anestesiados por expressões fofas como “taxas e taxinhas”, os cidadãos e empresas vão sendo esmagados, lentamente, pelo peso de tributações encapotadas que, nalguns casos, raiam o esbulho. Nalguns casos, a expressão adequada para descrever o “monstro das taxas” português seria “taxas e taxões”
O uso de diminutivos, na linguagem escrita ou falada, tende a transmitir a sensação de algo pequeno, fofinho, terno. Porém, como é referido em literatura associada à Linguística, o efeito mitigador do sufixo “-inho(a)” não é suficiente para apagar integralmente a negatividade que esteja associada ao substantivo de base. No caso em discussão, sendo uma taxa algo de penoso, na perspetiva de quem a paga, uma taxinha nunca será algo de agradável, por muito que o diminutivo lhe associe a ideia de pequenez, de resíduo.
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