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Opinião

A desgraça: antes a decadência do apego aos animais que o silêncio cúmplice perante abusos sexuais de crianças

Quando o abuso acontece, não é apenas a conduta de um sacerdote que falha, sendo que os menores ficam indefesos perante a falta de ação, em cascata, de todo um sistema que os deveria proteger, designadamente a Igreja, com os bispos na dianteira, a família e os Tribunais

A publicação realizada por D. Manuel Linda, Bispo do Porto, no passado dia 13 de outubro de 2022, é o tema escolhido pelo psicólogo clínico e forense, Mauro Paulino, na segunda das duas crónicas bimensais no Expresso Diário.

As redes sociais foram incendiadas a semana passada pela publicação de D. Manuel Linda, Bispo do Porto, segundo a qual “Todos os contactos e relacionamento criam especiais laços de amizade. Mas os laços de sangue entre pais e filhos possuem uma tal força que nada os desfaz. Nunca os substituamos pelo apego a um qualquer animal de estimação, típico das sociedades decadentes”. Adicionalmente, partilhava a ligação para um texto disponível no site da sua diocese intitulado “Laços”, que critica a “desgraça” de quem “troca a humanidade pela animalidade”.

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