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Opinião

Pichardo e Dongmo são mais portugueses do que Eusébio

Eusébio foi forçado a ser português por uma ditadura colonial. Pichardo e Dongmo escolheram ser portugueses, ninguém os forçou. Aliás, se tivesse pedido asilo político em Inglaterra para fugir da ditadura salazarista, Eusébio seria inglês de pleno direito tal como Pichardo, que fugiu da ditadura comunista de Cuba, é português de pleno direito - ser português não é aqui sinónimo de cor de pele ou geografia, mas sim de livre arbítrio e liberdade

É uma conversa recorrente do verão, época dos certames desportivos: para muitos “portugueses de bem”, parece que há atletas portugueses que são menos portugueses ou que não são portugueses de todo, porque não nasceram aqui, porque têm pele escura, etecetera. Este raciocínio é perigoso em qualquer país. Em Portugal, além de perigoso, também é cómico, porque nós somos o país de Eusébio e Coluna. Eusébio e Coluna, dois africanos, lideraram a primeira grande glória desportiva de Portugal no pós guerra, o Mundial de 66 e o Benfica europeu dos anos 60.

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