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Opinião

Uma esquerda e direita picuinhas e embirrantes

Uma esquerda e direita picuinhas e embirrantes

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

Sinceramente já não sei o que pensar do que se lê nos jornais e se ouve nos debates da restante Comunicação Social. Dos brasões da Praça do Império à morte de Marcelino da Mata, salvo raras e honrosas exceções, as posições extremam-se e tornam-se mesquinhas, com cada lado a nada mais querer do que embirrar com o outro. O país, que já não se preocupa com o futuro, passou a querer reescrever o passado

Vivo em Lisboa desde que nasci. Durante alguns anos vivi a dois passos da Praça do Império e ainda hoje moro não muito longe, embora já na freguesia de Algés. Em miúdo, ainda aquilo era novo, a estrear, o meu avô e os meus pais levaram-me ao planetário Gulbenkian, além de ao Museu de Marinha; olhei para a fonte luminosa que lá estava (e está), com o ar basbaque de quem só conhecia a fonte da Alameda D. Afonso Henriques, que nem mudava de cor como aquela. Também, mas menos por influência jacobina dos meus maiores, entrei algumas vezes nos Jerónimos, assim como na Torre de Belém. Lembro-me de aprender que ali (ainda não havia nem havia de haver CCB) fora a praia onde foram batizados à força milhares de judeus. Brinquei entre as sebes e a relva, com outros miúdos da família. Mais tarde levei lá as minhas filhas: ao planetário, ao Museu de Marinha, aos Jerónimos, à Torre de Belém. E até com netos já lá andei.

E agora a revelação: até esta polémica não sabia que estavam lá os brasões das ex-colónias.

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