Só quem não conhece Marcelo pode acreditar que, ao decidir receber o diretor da PSP para ouvir a sua proposta para o SEF, em vez de falar com o ministro, não teve um objetivo político. Só quem anda distraído ainda não percebeu que Magina da Silva julga que não tem de responder à tutela política. Mas isto tem um responsável: o primeiro-ministro. Depois da conferência de imprensa, Eduardo Cabrita é um cadáver político. Como a política tem horror ao vazio, o poder que Costa deixou vago será ocupado por outros. Quem o ocupar tem mais uma tarefa: afastar um diretor que julga ser ministro
Só quem não conhece Marcelo Rebelo de Sousa pode acreditar que, ao decidir receber o diretor nacional da PSP para ouvir a sua proposta para o SEF – que passa por abarbatar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras –, em vez de falar com o ministro, não teve como único objetivo político tornar pública a sua discordância com a manutenção de Eduardo Cabrita no lugar. Guardo para outro texto a falta de autoridade de Marcelo neste tema. Mas tem autoridade para dizer ao primeiro-ministro ou até ao país o que todos sabemos: que a permanência de Cabrita é insustentável. Não pode é subverter a hierarquia da política sobre as forças de segurança. Esteve péssimo, Marcelo.
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