Observatório da Minoria

O fim dos silêncios: sete desafios para Montenegro (e Marcelo), na posse e depois dela

O fim dos silêncios: sete desafios para Montenegro (e Marcelo), na posse e depois dela

David Dinis

Diretor-adjunto

Os ministros cessantes tinham ordem para arrumar os gabinetes até segunda-feira, às 21h00, pelo que o dia antes da posse do novo Governo foi, para quase todos, de passagem de pasta. É uma das tradições mais simbólicas da democracia e, nestes dias do século XXI, serve para medir a sua resiliência. Lembre-se que Donald Trump não fez a tradicional reunião com Joe Biden, nem esteve na posse do seu sucessor, depois da tentativa de insurreição que apoiou no célebre 6 de janeiro.

Por cá, as formalidades que trazem um significado cumprem-se, ainda: Costa tomou um café com Montenegro em Bruxelas, recebendo-o depois em São Bento; os seus ministros fizeram o mesmo, após a Páscoa, deixando trabalho de casa feito e pastas entregues. No Palácio da Ajuda, onde haverá a posse, António Costa e os seus ministros cessantes cumprirão a formalidade de passar o testemunho. André Ventura só esta manhã decidiu que vai – tinha marcado uma conferência de imprensa para minutos depois, na sede do partido que fundou.

A legislatura que entra será a primeira de uma nova fase da democracia parlamentar portuguesa. E, em consequência, a primeira que se inicia na absoluta incerteza sobre quanto tempo durará. Os dois protagonistas do dia 1, o Presidente o novo primeiro-ministro, guardaram um prolongado silêncio sobre o que se segue. Hoje, acabará o período de resguardo. O que se segue são os sete desafios de Luís Montenegro – e de Marcelo – para o período decisivo da legislatura: ao contrário da tradição, os primeiros seis meses.

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