Olá,
E obrigado por se informar connosco.
Os dias passam e a agenda imaginada por Marcelo, a partir de Viseu na semana passada, está a cumprir-se. Depois da Moção de Confiança chumbada ontem, e que levou à queda do Governo de Luís Montenegro, hoje o dia político é marcado pela presença dos partidos com assento parlamentar no Palácio de Belém. O cenário de eleições antecipadas está a desenhar-se a bom ritmo, mas ainda é apenas um esboço a várias mãos. E com traços diferenciados.
Os líderes dos dois maiores partidos, ambos com 78 deputados na atual composição parlamentar, preferem uma solução rápida com vista à próxima legislatura - Montenegro e Pedro Nuno defendem o mesmo (embora de maneira diferente). Já o Chega está disponível para uma solução que "dê ao país algum futuro", mas sem o atual primeiro-ministro nem o PS. Sobre possíveis datas, o Iniciativa Liberal considera o 11 de maio a data mais provável, ao passo que o Bloco de Esquerda defendeu 18 de maio como data "mais razoável" para eleições - e surpreendeu ao falar em entendimentos.
Amanhã será a vez de o Conselho de Estado dar cor à pintura. Mas caberá sempre a Marcelo decidir se entrega um novo quadro com o título “Eleições Legislativas”, ou se rasga a obra e muda de estilo. Não é expectável que tal aconteça. Depois das duas quedas de governos de António Costa, a primeira após o chumbo de um Orçamento do Estado e a última motivada pela Operação Influencer, dissolver em caso de dúvida tornou-se a solução presidencial. Não se espera que seja diferente nesta legislatura.
Com o precipitar dos acontecimentos, o Parlamento está a acelerar os trabalhos. A dissolução é esperada na sexta-feira e a sessão solene do 25 de Abril ainda está em discussão. Entretanto, Luís Montenegro continua no centro de toda a história e o Ministério Público escreveu um dos capítulos desta quarta-feira: abriu uma averiguação preventiva sobre a empresa familiar do atual primeiro-ministro.
Acompanhe todos os desenvolvimentos no Expresso, ao minuto no Fundamental, e com o melhor contexto e análise na nossa secção especial dedicada à Crise Política. A situação atual, analisada nos principais artigos de opinião desta quarta-feira, é também o tema dos mais recentes episódios de “Lei da Paridade” e de “Antes pelo Contrário”.
Até breve,
João Miguel Salvador
1. Gouveia e Melo adia candidatura para depois das legislativas, mas já tem movimento de apoio
Henrique Gouveia e Melo vai adiar a apresentação de uma candidatura presidencial para depois das eleições, o que poderá acontecer entre o fim de maio e o mês de junho, apurou o Expresso. Mas há passos que já estão a ser dados: o registo do Movimento de Apoio de Gouveia e Melo a Presidente foi publicado esta quarta-feira no site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Vítor Matos conta todos os detalhes.
2. Fotógrafo capta notas de Trump sobre veículos da Tesla
Donald Trump comprou um Tesla e chamou os jornalistas para que o acto ficasse documentado. Um fotógrafo conseguiu apanhar as notas que o Presidente norte-americano tinha para ir dizendo - e um vendedor da Tesla talvez não fizesse melhor. Neste momento, a marca de carros elétricos de Elon Musk parece precisar de toda a publicidade que conseguir arranjar.
3. Tarifas da UE atingem estados norte-americanos apoiantes de Trump
Bruxelas avança para a retaliação às tarifas norte-americanas sobre o aço e alumínio. Resposta europeia tenta atingir Donald Trump “onde mais lhe dói” - em causa estão contramedidas que incidem sobre importações no valor de €26 mil milhões - , mas Ursula von der Leyen mantém a porta aberta ao entendimento. Susana Frexes, correspondente em Bruxelas, explica toda a história.
4. Centeno pede à banca que reflita “sobre o rendimento que dá às poupanças dos portugueses”
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