Assente no lema “Tens Futuro em Portugal” foram aprovadas, em Conselho de Ministros, novas medidas direcionadas aos jovens até aos 35 anos, algumas ainda vão ser discutidas no Parlamento, onde o Governo está em minoria, o que significa que pode não chegar a ir para a frente.
Ao apresentar o novo pacote de medidas, no final de maio, o primeiro-ministro Luís Montenegro, disse que “vale a pena viver em Portugal” e que estas eram só as primeiras medidas que o Governo ia lançar diretamente para os jovens.
O pacote de medidas tem como principal foco a crise na habitação, por isso, a maioria das medidas são nesse sentido.
O Governo quer que, a partir de 1 de agosto, os jovens estejam isentos do pagamento do IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) e de Imposto de selo na compra da primeira habitação, própria e permanente, até aos €316.272. Esta medida tem de ser aprovada no Parlamento.
Segundo o Governo, “haverá ainda lugar a isenção dos emolumentos” de aquisição ou transmissão do imóvel.
O Governo deverá ainda apoiar até 15% do valor de entrada previsto no processo de compra.
O programa Porta 65 vai ser alargado, a partir de 1 de setembro. A renda máxima vai deixar de ser um fator de exclusão de candidatos, haverá uma redução do número de meses de recibos de vencimento a apresentar e o sistema vai passar a ser feito em ciclos mensais.
O processo de candidatura vai ainda ser invertido: primeiro o jovem candidata-se ao programa e só depois, quando sabe o valor do apoio a que tem direito, é que procura a casa para arrendar.
No alojamento estudantil, vai haver um reforço da oferta de camas, - mais 709 - usando a capacidade instalada das Pousadas de Juventude e INATEL.
Será também criada uma linha de financiamento para as Instituições de Ensino Superior assinarem protocolos de reforço de camas com entidades públicas ou privadas.
O Governo quer também atribuir “50% do valor do complemento de alojamento para estudantes deslocados em agregados familiares entre 23 Indexantes de Apoios Sociais (IAS) e 28 IAS.”
As mudanças passam ainda pelo alargamento do valor de rendimentos que os estudantes podem auferir sem perder o direito à bolsa de trabalhador-estudante.
A partir de setembro haverá um reforço de psicólogos, nutricionistas e enfermeiros e serão distribuídos cheques-psicólogo e cheques-nutricionista. Está também prevista a distribuição gratuita de produtos de higiene menstrual.
Já no domínio fiscal, o Governo quer estabelecer um limite máximo de 15% de IRS para todos os jovens até aos 35 anos.
A redução é feita de forma progressiva e face ao rendimento. Na prática trata-se de uma diminuição de dois terços, por exemplo: quem recebe um salário de 1000 euros por mês, está no 2º escalão de IRS, no regime geral seria tributado em 18% mas, no IRS jovem passa a 6%.
Só não se mexe no último escalão, ou seja, quem ganha mais 5800 euros por mês. Mas, à semelhança do IMT, estas mudanças a nível de IRS têm de passar pela Assembleia da República.
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