A notícia caiu com estrondo no penúltimo dia de campanha eleitoral. A caravana do CDS encontrava-se reunida num restaurante de Barcelos, num almoço com estruturas locais, quando começou a circular a informação da morte de Freitas do Amaral, fundador do partido. A primeira reação foi rápida: Cristas tomou a palavra para interromper o almoço e pedir um minuto de silêncio em memória do antigo centrista.
A pausa, "simbólica e sentida", serviu para a líder falar da notícia "triste para o país e para o CDS". "Ao professor Freitas do Amaral devemos a fundação do CDS", lembrou, recordando os "tempos difíceis" em que ajudou a fundar o partido ao lado de Adelino Amaro da Costa. "Só posso estar grata por esse trabalho, por essa coragem, tantas vezes debaixo de ameaça e de fogo".
O facto de Freitas ter deixado o partido em 1992 não impediu a presidente do CDS de lhe prestar homenagem. "Teve momentos em que se afastou mais do pensamento do CDS e do partido, mas isso não nos pode deixar esquecer que na base deste partido esteve a coragem do Diogo Freitas do Amaral e muitos que com ele ousaram criar um partido que é fundador da nossa democracia".
É uma primeira reação poucos minutos depois de a notícia ter sido confirmada pelo próprio CDS. Por perceber está de que forma a campanha será afetada por esta notícia - Cristas já pediu tempo para dar novas informações.
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