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Guerra no Médio Oriente

Assassínio do líder do Hamas: “Últimos momentos de Sinwar transformaram-se na sua melhor estratégia de relações públicas”

Manifestações de condenação à morte do líder do Hamas Yahya Sinwar sucederam-se em diferentes cidades do Médio Oriente
Manifestações de condenação à morte do líder do Hamas Yahya Sinwar sucederam-se em diferentes cidades do Médio Oriente
Khaled Abdullah/Reuters

Benjamin Netanyahu cantou vitória e prometeu que o Hamas nunca mais governará Gaza. Acontece que Yahya Sinwar, líder do grupo extremista que foi morto em combate na quarta-feira, é agora herói de grande parte do mundo muçulmano, enquanto não se vislumbra o fim da guerra

Assassínio do líder do Hamas: “Últimos momentos de Sinwar transformaram-se na sua melhor estratégia de relações públicas”

José Pedro Tavares

Correspondente em Ancara

Sentada numa poltrona num apartamento esventrado algures em Gaza, uma figura humana moribunda, com um braço decepado, coberta de poeira, com trajes de combate e um keffieh palestiniano na cabeça, é filmada por um drone militar, que entra na habitação para confirmar o resultado dos dois obuses disparados por um tanque israelita. Num último sopro de vida, essa figura lança um pau contra o drone. Pouco depois, o tanque israelita dispara mais uma vez sobre os escombros, matando o terrorista. Ninguém sabia, na altura, que essa figura era o homem mais procurado da faixa de Gaza.

Quarta-feira, soldados israelitas numa patrulha de rotina tinham detetado três operacionais do Hamas no bairro de Tel Sultan, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Depois de uma troca de tiros, os terroristas separam-se e procuram abrigo em dois edifícios. Um tanque dispara obuses. Os soldados israelitas enviam o drone para verificar a situação, que filma, sem saber, Yahya Sinwar.

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