Portugal reconheceu este domingo formalmente o Estado da Palestina, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, em Nova Iorque, na representação permanente de Portugal nas Nações Unidas.
“Hoje, dia 21 de setembro de 2025, o Estado português reconhece oficialmente o Estado da Palestina”, anunciou o chefe da diplomacia portuguesa.
Num discurso bastante trabalhado, Rangel tentou apaziguar Israel, sublinhando que Portugal só reconhece o Estado palestiniano “depois de outros países aliados o terem feito” e enfatizando que a Autoridade Palestiniana “reconhece a existência de Israel”.
O ministro disse ainda que “neste dia em que Portugal reconhece o Estado da Palestina e em que reafirma a sua vontade de fortalecer as profundas e antigas relações de amizade do povo português com o povo israelita e as renovadas e auspiciosas relações de amizade com o povo palestiniano, exortamos, do fundo, do fundo dos nossos corações, a que cessem todas as hostilidades, a que se dê uma oportunidade ao restabelecimento da ajuda humanitária, a que se abra uma fresta de luz para a paz”.
Apesar da tentativa de não hostilizar Israel, Rangel não deixou de considerar que a resposta do Governo de Benjamin Netanyahu ao ataque terrorista do Hamas é “manifestamente desproporcional” e que este reconhecimento “não apaga a catástrofe humanitária que se vive na Faixa de Gaza”.
O primeiro-ministro israelita já disse que o Estado da Palestina “não vai acontecer”.
Portugal juntou-se assim ao Reino Unido, Canadá e Austrália, que comunicaram essa decisão ao início da tarde deste domingo, tornando-se o 13º país da União Europeia a reconhecer o Estado palestiniano.
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