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Médio Oriente

Erdogan adiou o quanto pôde e surpreende ao assinar protocolo de adesão da Suécia à NATO. Stoltenberg espera “ratificação rápida”

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan
REUTERS

O momento em que acontece esta decisão é surpreendente, e estará relacionado com a guerra em Gaza. Ratificação poderá só acontecer daqui a algumas semanas

Erdogan adiou o quanto pôde e surpreende ao assinar protocolo de adesão da Suécia à NATO. Stoltenberg espera “ratificação rápida”

José Pedro Tavares

Correspondente em Ancara

Quando nada o fazia esperar – em plena guerra entre o Israel e o Hamas, e depois de ter severamente criticado os EUA, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan assinou esta segunda-feira o protocolo de adesão da Suécia à NATO, e enviou o diploma para o Parlamento.

Erdogan tem o documento na sua secretária desde julho, quando anunciou, pela segunda vez, que confirmava a adesão da Suécia à NATO, em plena cimeira da Aliança Atlântica em Vílnius.

A Suécia e a Finlândia pediram a adesão na primavera de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, pondo fim a uma política de neutralidade que durava há várias décadas. A Turquia vetou então este alargamento, alegando que os dois países escandinavos permitiam atividades de organizações terroristas, entre os quais o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatista curdo), no seu território. A situação foi desbloqueada durante a cimeira da NATO de junho de 2022 em Madrid, quando Erdogan aceitou assinar um acordo tripartido no qual os dois países escandinavos se comprometiam a tomar uma série de medidas exigidas por Ancara para que o Parlamento turco avançasse com a ratificação da sua adesão plena.

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