“Foi o último suspiro do terrorismo”, disse, triunfante, Recep Tayyip Erdogan na tarde de Domingo, em pleno parlamento turco, no seu discurso de abertura do novo ano legislativo, após o recesso de Verão da Assembleia Nacional, que o seu partido controla. Horas antes, a escassos 400 metros desse local, dois terroristas saíram a correr de uma carrinha em frente ao portão principal do Ministério dos Assuntos Internos, no Boulevard Ataturk, e dirigiram-se para a entrada, fortificada, daquele edifício. Um deles, que teria um colete de explosivos, fez-se explodir, enquanto o outro, armado com uma arma automática e um lança-granadas, foi prontamente abatido pelas forças de segurança que estavam no local. Dois polícias ficaram feridos.
O atentado, o primeiro em 7 anos na capital turca, fez reavivar as memórias dos anos negros de 2015 e 2016, quando Ancara foi sacudida por diversos atentados terroristas, atribuídos quer aos separatistas curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), quer aos jihadistas do Daesh, que causaram centenas de mortos. Neste caso, o atentado acabou por ser reivindicado pelo PKK: “Foi realizada uma ação sacrificial contra o ministério turco do Interior por uma equipa da nossa brigada imortal”, disse uma fonte do movimento à agência ANF.
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