Médio Oriente

Ataque a sinagoga em Jerusalém fez oito mortos e mais de 40 detidos

Ataque a sinagoga em Jerusalém fez oito mortos e mais de 40 detidos
ATEF SAFADI

Quarenta e duas pessoas foram presas para interrogatório após o ataque mortal de sexta-feira perto de uma sinagoga em Jerusalém oriental

Quarenta e duas pessoas foram presas para interrogatório após o ataque mortal de sexta-feira perto de uma sinagoga em Jerusalém oriental, anunciou a polícia israelita.

"A polícia prendeu 42 suspeitos para interrogatório, alguns dos quais são membros da família do terrorista", disse a polícia numa declaração.

Na sexta-feira à noite, um homem palestiniano disparou e matou oito pessoas perto de uma sinagoga em Jerusalém Oriental durante as orações de Shabbat, antes de ser morto a tiro.

Este incidente ocorre durante uma escalada do conflito israelo-palestiniano.

O ataque decorreu um dia depois de operações israelitas na Cisjordânia e Gaza, que resultaram em dez mortos, nove destes durante uma incursão militar no campo de refugiados de Jenin, segundo a Autoridade Palestiniana.

A polícia israelita descreveu o ataque como "terrorista", termo que costuma ser usado em Israel para qualquer ataque cometido por palestinianos por motivos nacionalistas, embora a identidade do agressor ainda não tenha sido revelada.

“O terrorista que disparou foi neutralizado no local”, tinha adiantado antes a polícia israelita, sobre o incidente que ocorreu no bairro de Neve Yaakov, em Jerusalém, para onde foi destacada um grande contingente policial.

O agressor chegou de carro ao edifício utilizado como sinagoga, abriu fogo e tentou fugir, com as autoridades a apreenderem uma arma de fogo aparentemente utilizada no ataque, noticiaram órgãos de comunicação locais, que garantiram que a polícia estava à procura de outros possíveis suspeitos.

O movimento islâmico Hamas, que governa de facto a Faixa de Gaza, celebrou o atentado através dos altifalantes das mesquitas, apesar de não ter assumido a autoria.

Também foram ouvidos tiros para o ar e buzinas por vários condutores nas estradas daquele enclave, noticiou a agência Efe.

“Esta operação heróica é uma vingança pelos mártires de Jenin. A operação em Jerusalém é a resposta natural aos crimes de ocupação em Jenin", sublinhou o porta-voz do Hamas, Hazam Qassem.

Por sua vez, a Jihad Islâmica na cidade de Gaza celebrou “a operação heróica que mostra que o inimigo só entende a linguagem da força” e “que o povo palestiniano vive em unidade política e geográfica”.

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