O longo reinado de Isabel II tem sido amplamente elogiado desde a morte da monarca. Em 1952, após o falecimento do pai, Jorge VI, tornou-se rainha quando tinha apenas 26 anos e herdou o crepúsculo melancólico do “império onde o sol nunca se põe”. Durante as sete décadas em que ocupou o trono, assistiu e resistiu a vários momentos históricos, desde o processo de descolonização até ao Brexit, enfrentou várias crises e escândalos familiares que abalaram a reputação da família real britânica, mas colocou sempre a integridade da Coroa à frente da sua vida pessoal e personificou a tradição do regime.
Lilibet – como era carinhosamente tratada – foi capaz, acima de tudo, de transformar a sua principal fraqueza na sua maior força. “Soube perceber que a sua falta de poder, que poderia ser um problema e foi por vezes, era um trunfo”, jogado quase sempre em silêncio e numa posição neutral, o que lhe permitiu, a longo prazo, “construir um carisma em cima disso”, começa por salientar Germano Almeida, especialista em política internacional, em declarações ao Expresso.
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes