O homicídio do piloto russo Maxim Kuzminov em Villajoyosa, na província espanhola de Alicante, colocou em alerta os cerca de 200 desertores russos que estão atualmente escondidos em Espanha.
A informação de que Maxim Kuzminov foi morto foi confirmada pelo serviço militar de espionagem ucraniano GUR. A polícia espanhola acredita que Kuzminov é a verdadeira identidade do homem de 33 anos que foi baleado há uma semana numa garagem em Villajoyosa.
Com receio de enfrentarem o mesmo destino enquanto “traidores” aos olhos do Kremlin, os desertores russos já pediram proteção reforçada às autoridades espanholas, como noticia a agência Reuters.
Na sequência do assassinato do piloto, o chefe do Serviço de Informações Externas da Rússia, Sergei Naryshkin, disse que Kuzminov era um “traidor e criminoso” que se tornou “um cadáver moral no preciso momento em que planeou o seu crime sujo e terrível [desertar]”.
Blogger russo ter-se-á suicidado
Paralelamente, o blogger russo pró-guerra Andrey Morozov — que revelou as enormes perdas das tropas de Vladimir Putin na cidade ucraniana de Avdiivka — alegadamente suicidou-se, relata o jornal “The Guardian”.
Andrey Morozov avançou na rede social Telegram que as forças russas perderam cerca de 16 mil soldados em Avdiivka (Donetsk, no leste da Ucrânia), cidade que foi recentemente capturada por Moscovo.
Morozov disse ter sido pressionado a apagar a publicação. Com 120 mil seguidores, foi acusado de “caluniar o Ministério da Defesa russo”, apesar de ser ultranacionalista e a favor da guerra na Ucrânia.
Nas últimas mensagens de Morozov, que usava o pseudónimo de Murz, o blogger russo anunciou o seu suicídio. A notícia da morte foi confirmada por várias fontes próximas, de acordo com o jornal britânico.
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