Guerra na Ucrânia

Ucrânia nega ter perdido posições em Krynky, NATO reconhece situação “difícil” no campo de batalha: o 728.º dia de guerra

Ucrânia nega ter perdido posições em Krynky, NATO reconhece situação “difícil” no campo de batalha: o 728.º dia de guerra
Ana Baiao

O secretário-geral da NATO reconheceu que a situação militar na Ucrânia é “extremamente difícil”, no mesmo dia em que o Exército de Kiev negou ter perdido o controlo da posição avançada de Krynky, na margem ocupada do rio Dnieper. A UE chegou a acordo sobre o novo pacote de sanções à Rússia, que será oficialmente adotado no sábado, quando se assinalam dois anos de guerra

No 728.º dia de guerra, o Exército ucraniano negou ter perdido o controlo da posição avançada de Krynky, na margem ocupada do rio Dnieper, sul da Ucrânia, depois de o Presidente russo Vladimir Putin ter anunciado a conquista.

“Os líderes militares e políticos do país agressor anunciaram a captura da testa-de-ponte [posição avançada] na margem esquerda do rio Dnieper. Declaramos oficialmente que esta informação é falsa”, declarou esta quarta-feira o comando do sul das forças ucranianas através das redes sociais.

“As forças de defesa do sul da Ucrânia continuam a manter posições, infligindo perdas significativas ao inimigo [Rússia]”, acrescentou

Por outro lado, o secretário-geral da NATO reconheceu que a situação militar na Ucrânia é “extremamente difícil”, mas considerou positivos os esforços “no valor de milhares de milhões de euros” para apoiá-la.

Jens Stoltenberg defendeu, contudo, que o apoio que continua a ser prestado pelos países da aliança político-militar à Ucrânia, que “nos últimos dias anunciaram pacotes de apoio no valor de milhares de milhões de dólares, incluindo armamento e equipamento militar”.

É o caso da União Europeia: esta quarta-feira os embaixadores dos Estados-membros junto da UE chegaram a acordo sobre o novo pacote de sanções à Rússia, que será oficialmente adotado no sábado, quando se assinalam dois anos de guerra.

De acordo com a presidência belga do Conselho da União, “este pacote é um dos mais alargados aprovados pela UE”, que será agora “submetido a um procedimento escrito e aprovado formalmente a 24 de fevereiro”.

Mais notícias que marcaram o dia

⇒ Apenas 10% dos cidadãos da União Europeia acreditam que a Ucrânia vai vencer a guerra com a Rússia e defendem cada vez mais um acordo de paz, segundo uma sondagem. A opinião predominante no inquérito é de que a guerra vai acabar com um “acordo de compromisso” com o Kremlin.

⇒ A Comissão Europeia vai apresentar, “no início do verão” e mais tarde do que esperado, uma proposta sobre o quadro de negociações para adesão da Ucrânia à UE, o que só deverá acontecer depois das eleições europeias.

⇒ A Ucrânia terá três milhões de veteranos em resultado da invasão russa, estima a vice-ministra da tutela, estando a ser preparada nova legislação que apoie desde já centenas de milhares de combatentes na sua reintegração na vida civil.

⇒ A organização Save the Children denunciou que cerca de 630 mil crianças ucranianas que regressaram a casa desde o início da invasão russa enfrentam “necessidades extremas” que colocam em risco as suas vidas.

⇒ Nove cidades portuguesas vão assinalar sábado os dois anos de invasão russa à Ucrânia, estando prevista para Lisboa a inauguração de uma exposição de fotógrafos lusos sobre crianças ucranianas, anunciou a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhailenko.

⇒ A China declarou que o G20 não é o fórum apropriado para abordar a guerra na Ucrânia, posição semelhante à russa, quando começa no Brasil uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo.

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