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Guerra na Ucrânia

“Países europeus não são suficientemente ricos para cobrir lacuna”: sem apoio dos EUA, como vai a Ucrânia aguentar-se?

Donetsk
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Adotar uma estratégia defensiva e esperar que a Rússia aproveite este ano para reagrupar-se pode ser a melhor saída para Kiev, que se vê confrontada com a incerteza política dos EUA. Além disso, “se os Estados Unidos reduzirem a ajuda, é provável que os europeus também o façam”, observa Mark Cancian, antigo conselheiro do Departamento de Defesa norte-americano. Os analistas acreditam que ou a Europa acelera a produção de material militar - mesmo que não respeite os padrões de exigência da NATO - ou a Ucrânia tornar-se-á permeável à ideia de iniciar as negociações de paz

Sem o apoio dos Estados Unidos, os sistemas de defesa aérea e as munições podem esgotar-se. A capacidade das forças ucranianas para conduzirem ataques de longo alcance na Crimeia e no Mar Negro pode, assim, ser comprometida, já que as ofensivas foram alicerçadas nas armas ocidentais, como sistemas de mísseis táticos fornecidos pelos EUA - os ATACMS. É o que teme Joe Biden, que se tem reunido com membros da Câmara e do Senado, à porta fechada, para alertar sobre o que está em jogo para a Ucrânia. “Os novos pacotes de ajuda dos EUA secaram, mas a ajuda dos pacotes anteriores continuará a fluir durante o verão, embora em níveis cada vez mais baixos”, nota o antigo conselheiro do Departamento de Defesa norte-americano Mark Cancian, em declarações ao Expresso. “O mais recente pacote do Reino Unido será útil, mas distribuído ao longo de dois anos. Os compromissos globais rondam os quatro mil milhões de dólares por mês, embora as entregas demorem meses ou anos.”

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