Guerra na Ucrânia

Kremlin diz que qualquer ajuda dos EUA a Kiev será "um fiasco"

Presidente russo Vladimir Putin
Presidente russo Vladimir Putin
REUTERS

Para a presidência russa, ajuda não mudará nada na frente ucraniana da guerra

A presidência russa (Kremlin) considerou hoje que qualquer nova ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia será "um fiasco" e não mudará nada na frente ucraniana da guerra.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe hoje o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington, para discutir "as necessidades urgentes da Ucrânia", apesar de o governo norte-americano enfrentar atualmente um bloqueio do Congresso a um novo pacote de ajuda a Kiev para a guerra contra a Rússia.

"Qualquer nova ajuda norte-americana à Ucrânia constituirá um "fiasco", considerou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em conferência de imprensa.

"As dezenas de milhões de dólares injetados na Ucrânia não a ajudaram a ter sucesso no campo de batalha. E as dezenas de milhões de dólares adicionais que a Ucrânia deseja ver injetados estarão fadados ao mesmo fiasco", disse, acrescentando que a presidência Russa acompanhará "de muito perto" a reunião dos presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia.

Zelensky chegou aos Estados Unidos no âmbito de uma viagem que começou na Argentina, onde assistiu, no domingo, à tomada de posse do novo Presidente, Javier Milei.

A Casa Branca pretende "ressaltar o compromisso inabalável de Washington" para com a causa ucraniana, bem como abordar "as necessidades urgentes" no terreno.

A agenda de Zelensky também inclui reuniões com líderes do Congresso, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson.

Os Estados Unidos são atualmente o maior fornecedor de apoio militar a Kiev, com apoios aprovados no valor de mais de 110 mil milhões de dólares (cerca de 100 milhões de euros) desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022.

Mas a promessa do Presidente norte-americano, Joe Biden, de continuar a apoiar financeiramente a Ucrânia está a ser posta em causa pelo Congresso.

Na semana passada, o Congresso bloqueou um pacote de mais de 106 mil milhões de dólares que Biden pediu insistentemente, que inclui fundos para a Ucrânia e para Israel.

Os eleitos pelo partido republicano estão a exigir concessões significativas na política de imigração dos EUA em troca dos seus votos.

Este é o pior cenário para Kiev, cuja contraofensiva aos ataques russos no verão não trouxe os ganhos territoriais esperados.

O bloqueio de novos fundos seria "o maior presente" para o Presidente russo, Vladimir Putin, avisou Joe Biden, avisando que se o líder do Kremlin conseguir tomar a Ucrânia, "não vai ficar por aqui".

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