Guerra na Ucrânia

EUA sancionam mais de 250 pessoas e entidades ligadas à invasão russa da Ucrânia

EUA sancionam mais de 250 pessoas e entidades ligadas à invasão russa da Ucrânia
STRINGER/Reuters

Departamento de Estado indicou que impôs sanções a mais de 100 entidades e pessoas que fomentaram a capacidade de Moscovo na guerra da Ucrânia e reforçaram a produção e exportação de energia por parte da Rússia

Os Estados Unidos sancionaram esta terça-feira mais de 250 pessoas e entidades que acusam de ter facilitado a invasão da Ucrânia pela Rússia e de tentar contornar as sanções anteriormente impostas a Moscovo.

Trata-se de uma ação coordenada entre o Departamento de Estado e o Departamento do Tesouro norte-americanos com o objetivo de restringir "as atividades externas nocivas do Governo da Federação Russa", depois de, na semana passada, os líderes do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a União Europeia) terem reafirmado o seu apoio à Ucrânia.

Num comunicado, o Departamento de Estado indicou que impôs sanções a mais de 100 entidades e pessoas que fomentaram a capacidade de Moscovo na guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e reforçaram a produção e exportação de energia por parte da Rússia.

Além disso, o Departamento do Tesouro sancionou mais de 150 pessoas e entidades, algumas das quais com sede na China, na Turquia e nos Emirados Árabes Unidos, que estão ligadas à indústria militar e ao setor financeiro russo.

"Continuaremos a utilizar todas as ferramentas à nossa disposição para promover a responsabilização pelos crimes da Rússia na Ucrânia daqueles que financiam e apoiam a máquina bélica russa", asseverou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no comunicado.

O Departamento do Tesouro especificou, por seu lado, que a Rússia usa a China, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos e "complexas redes transnacionais" para adquirir tecnologia e equipamentos necessários para prosseguir a guerra.

Por essa razão, o Tesouro advertiu de que continuará "a tomar medidas para identificar e frustrar as pessoas, entidades e redes de países terceiros" que facilitem esse processo.

Em consequência das sanções norte-americanas de hoje, todos os bens e propriedades dos visados que se encontrem no território dos Estados Unidos ficam bloqueados e proíbe-se a cidadãos e empresas norte-americanos qualquer transação com eles.

Além dos países já referidos, as sanções de Washington tiveram como alvos pessoas singulares e coletivas na Suíça, no Paquistão, em Singapura, nas Maldivas, no Tajiquistão, no Quirguistão e na própria Rússia.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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