Foi uma prova de fogo diplomática para Recep Tayyip Erdogan, que até anunciara, em julho, que Vladimir Putin visitaria a Turquia durante o mês de agosto. Em vez disso, o Presidente turco teve de se deslocar a Sochi, à sumptuosa residência de Verão do chefe de Estado russo, para falar com este último e tentar reconquistar a sua confiança, depois de nítido afastamento entre Moscovo e Ancara.
Foi o primeiro encontro entre os dois dirigentes nos últimos 12 meses e seguiu-se ao apoio declarado da Turquia à entrada da Ucrânia na NATO, e à visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky a Istambul, em julho, durante a qual Erdogan deixou partir para a Ucrânia, num gesto de boa vontade, cinco soldados do batalhão Azov que estavam exilados na Turquia ao abrigo de um acordo de troca de prisioneiros mediado por Ancara, e que deveriam permanecer no exterior até ao fim do conflito. Putin não deve ter gostado nada.
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