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Guerra na Ucrânia

Pensar o futuro da Ucrânia: planos de paz, dificuldades a negociações, o caminho para o pós-guerra

Pensar o futuro da Ucrânia: planos de paz, dificuldades a negociações, o caminho para o pós-guerra
OLEG PETRASYUK

Entre propostas de paz e desenvolvimentos no terreno, a guerra avança sem data final prevista. Pode vir a ser marcada pela derrota completa de uma das partes ou através de negociações, mas há entraves pelo caminho. Quão longe está o dia?

Pensar o futuro da Ucrânia: planos de paz, dificuldades a negociações, o caminho para o pós-guerra

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

“As minhas expectativas são de que restauramos a integridade territorial. Originalmente sou da Crimeia, que foi ocupada em 2014, e os meus pais ainda lá estão. Por isso o meu sonho é regressar a casa, a uma Crimeia libertada, e usufruir do mar e da natureza. [A Crimeia] é muito bonita. O primeiro ponto é que no nosso território já não haja tropas russas e que a Ucrânia esteja na União Europeia e na NATO, o que nos dá acesso a segurança e prosperidade económica”. É este o cenário pós-guerra na Ucrânia imaginado por Artem Zhuchenko, cidadão ucraniano a preparar-se para lutar na guerra.

Em declarações ao Expresso, Zhuchenko vê um lugar na NATO como segurança contra uma nova invasão russa e a integração na União Europeia como passo que levará ao seu país políticas benéficas para os cidadãos. A esperança é que a Ucrânia seja atraente para pessoas investirem no país e para o visitarem. Afinal, é na área do turismo que pretende vir a trabalhar para dar a conhecer “quão bonita é a Ucrânia, a cultura, as pessoas e a comida que aqui temos”.

Para já, os sonhos ficam em pausa.

A guerra que assola o território ucraniano levou crianças a nascerem em maternidades improvisadas em caves de hospitais e abrigos antiaéreos, na linha da frente somam-se cidades-fantasma, foram encontradas valas comuns e seis milhões tornaram-se refugiados pela Europa fora. Investigadores das Nações Unidas (ONU) concluíram que houve crimes de guerra e uma parte significativa dos países do mundo foi forçada a escolher que lado apoiar.

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