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Guerra na Ucrânia

Reportagem exclusiva em Zaporíjia: à sombra do apocalipse, na Ucrânia

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TIAGO CARRASCO

A cidade ucraniana de Zaporíjia viveu semanas de tensão com a possibilidade de um ataque à maior central nuclear da Europa. Enquanto alguns se prepararam para enfrentar a radiação com máscaras de gás e dosímetros, outros optaram por gozar a vida em festas e piscinas. Nas povoações junto à fábrica, a falta de água juntou-se ao medo, tornando a vida um inferno

Tiago Carrasco, em Zaporíjia

stá uma tarde de sol e calor em Zaporíjia, mas na sala de Yaroslav Litvinenko reina uma escuridão apocalíptica; uma palete de madeira cobre a vidraça da marquise, as estantes estão pejadas de tralha, e a luz amarelada de um aquário, onde nadam peixinhos dourados, desvenda baterias e máscaras de gás empilhadas junto ao sofá. Podia ser o lar de um acumulador compulsivo, mas é o reduto de defesa de um advogado que sempre preferiu prevenir a remediar.

Litvinenko começou a preparar-se para uma emergência em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e se iniciaram as hostilidades no Donbas. “Estamos a apenas 200 km de Donetsk e eu apercebi-me que a guerra ia escalar e atingir a nossa região”, diz o ucraniano, de 43 anos, casado com uma professora, Anna, e pai de duas meninas. “Fui sempre uma pessoa precavida. Além disso, enquanto advogado, fui-me habituando a antecipar os problemas, daí ter começado a reunir o material necessário para a sobrevivência.”

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