Exclusivo

Guerra na Ucrânia

Putin numa encruzilhada: radicais russos acham que não é “suficientemente duro”, liberais esperam uma retirada da Ucrânia

"Havia a perceção, nos países ocidentais, de que Putin controlava tudo por dentro, tudo o que acontecia, com o seu poder monolítico e incontestável"
"Havia a perceção, nos países ocidentais, de que Putin controlava tudo por dentro, tudo o que acontecia, com o seu poder monolítico e incontestável"
Contributor

É um equilíbrio cada vez mais difícil de conseguir: Vladimir Putin está a desagradar visivelmente aos oligarcas mais liberais e moderados, e também à ala mais radical, que quer uma sociedade e economia de guerra ou até o uso de armas nucleares. O que Presidente russo fará em seguida é difícil de calcular, porque o seu sistema está altamente fragilizado. É o que explica ao Expresso Pavel Slunkin, antigo diplomata bielorrusso e analista do Conselho Europeu de Relações Internacionais

Este será o momento mais perigoso da vida política de Putin, acredita acredita Pavel Slunkin, antigo diplomata bielorrusso e agora analista no ‘think tank’ Conselho Europeu de Relações Internacionais (ECFR). Slunkin participou nas negociações dos Acordos de Minsk [assinados em 2014 e 2015 por Moscovo e Kiev e que previam um cessar-fogo na região do Donbas, apenas cumprido de forma episódica] e trabalhou como analista político na embaixada da Bielorrússia na Lituânia. Nesta entrevista, o perito em Relações Internacionais admite que Putin pode seguir um de dois caminhos mais ousados: optar pelo fim do conflito na Ucrânia ou fazer a Rússia mergulhar ainda mais numa economia de guerra. Prigozhin, o homem que arriscou e perdeu tudo, pode em breve deixar de ser um peão relevante, e Lukashenko foi o único que ganhou pontos políticos, explica o analista.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate