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“Eles querem poder controlar o que o resto das pessoas lê”: nos EUA, já foram banidos mais de 10 mil livros (e a BD é um alvo preferencial)

“Eles querem poder controlar o que o resto das pessoas lê”: nos EUA, já foram banidos mais de 10 mil livros (e a BD é um alvo preferencial)
MediaNews Group/Orange County Re

A discussão com vários autores na WonderCon 2025, conferência feita pelos mesmos organizadores da Comic-Con, foi pontuada por estatísticas recentes que mostram que mais de 10 mil livros foram banidos das escolas e bibliotecas no último ano letivo, 2023-2024. Praticamente triplicou o número de livros proibidos, com especial incidência em banda desenhada tanto para crianças como adultos

“Eles querem poder controlar o que o resto das pessoas lê”: nos EUA, já foram banidos mais de 10 mil livros (e a BD é um alvo preferencial)

Ana Rita Guerra

Jornalista

Depois de começar a publicar a série de livros de banda desenhada “Digital Lizards of Doom”, que vai agora para o quarto volume, o autor Gabriel Valentin recebeu um número crescente de mensagens de ódio nas suas rede sociais. Diziam-lhe que pessoas de cor não podiam escrever ficção científica, que os seus livros eram antimasculinidade.

“Havia leitores a dizer que isto era um absurdo feminino ‘woke’”, recordou o autor, numa sessão da conferência anual WonderCon, que decorreu este fim de semana em Anaheim, Califórnia. “Isto é um robô e um lagarto a viajarem pelo espaço.”

Só depois Gabriel Valentin percebeu o que se estava a passar: a sua série de livros tinha sido escolhida pelo movimento de censura Comicsgate, que montou uma estratégia para levar livreiros a retirar os títulos das suas lojas e torná-los indisponíveis nas bibliotecas.

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