Flórida quer expandir lei 'Don't Say Gay' a creches e escolas
Objetivo é proibir a discussão sobre orientação sexual ou identidade de género nas salas de aula. Proposta vai a votação em abril no Conselho Estadual de Educação
A administração do governador da Florida, Ron DeSantis, quer proibir a discussão sobre orientação sexual ou identidade de género nas salas de aula, expandindo a lei apelidada de "Don't Say Gay", enquanto prepara a candidatura presidencial para 2024.
A proposta, que não precisa de aprovação legislativa, vai a votação em abril ao Conselho Estadual de Educação e foi apresentada pela Secretaria Estadual de Educação, ambas lideradas por responsáveis indicados pelo governador.
A mudança de regra quer proibir aulas sobre orientação sexual e identidade de género da 4ª à 12ª série, a menos que exigido pelos padrões estaduais existentes ou como parte da instrução de saúde reprodutiva que os alunos podem optar por não fazer.
A medida vem depois de DeSantis defender, no ano passado, uma lei que proibia aulas sobre identidade de género e orientação sexual do jardim-de-infância até a terceira série.
A lei gerou uma reação generalizada em todo o país, com críticos a defender que marginalizava as pessoas LGBTQ, dando-se início a uma disputa entre o estado e a Disney, que se opôs publicamente à lei.
A pedido do governador, o legislador dominado pelos republicanos votou pela dissolução de um distrito autónomo controlado pelo Walt Disney World sobre as suas propriedades na Florida, dando eventualmente a Ron DeSantis o controlo do conselho num movimento visto como uma punição para a empresa que se opõe ao projeto-lei.
O conselho supervisiona os serviços municipais nas propriedades dos parques temáticos da Disney e foi fundamental na decisão da empresa de construir perto de Orlando na década de 1960.
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