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Japão

Nunca nasceram tão poucos bebés no Japão: “€60 mil por criança é tudo o que é necessário” ou “tendência não pode ser revertida”?

Uma mulher tira uma foto do seu bebé sob as cerejeiras em flor no Parque Ueno, em Tóquio
Uma mulher tira uma foto do seu bebé sob as cerejeiras em flor no Parque Ueno, em Tóquio
Getty Images

O número de recém-nascidos e a taxa de fertilidade no Japão desceram para recordes mínimos. O declínio demográfico está a acelerar mais depressa do que o previsto: só eram expectáveis números tão baixos daqui a 15 anos. Grande parte do problema é que os japoneses não se querem casar — e poucas crianças nascem fora do matrimónio

Nunca nasceram tão poucos bebés no Japão: “€60 mil por criança é tudo o que é necessário” ou “tendência não pode ser revertida”?

Mara Tribuna

Jornalista

O Japão registou o número mais baixo de nascimentos em mais de um século: num país com mais de 120 milhões de habitantes, no ano passado nasceram apenas 686 mil crianças. A taxa de fertilidade (número médio de filhos que uma mulher tem durante a vida) também caiu para um recorde mínimo de 1,15. O país asiático está a braços com uma crise demográfica que se tem agravado ano após ano. As causas e consequências são muitas, haverá alguma “maneira viável de reverter a tendência”?

As estatísticas demográficas são publicadas pelo Ministério da Saúde desde 1899 e nunca, desde então, o número de nascimentos fora tão baixo. Os dados excluem bebés nascidos de residentes estrangeiros. O valor (686.061) representa um declínio de 5,7% em relação ao ano anterior e perpetua uma tendência negativa de natalidade. O problema acrescido é que as projeções do Instituto Nacional de Investigação sobre População e Segurança Social estavam erradas: o número de nascimentos caiu para 680 mil quinze anos antes do previsto.

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