China

Templo Shaolin, na China, tem novo líder após destituição de Shi Yongxin por “graves violações disciplinares”

Tempo Shaolin, situado na província central de Henan, na China
Tempo Shaolin, situado na província central de Henan, na China
Feature China

O mestre Yinle, que desde 2005 exercia como abade do templo do Cavalo Branco, sucede a Shi, que está a ser investigado por corrupção e conduta imprópria

A China nomeou hoje um novo abade para o emblemático templo Shaolin, após a destituição do anterior líder religioso, investigado por corrupção e conduta imprópria, anunciaram as autoridades budistas.

O novo responsável do mosteiro, situado na província central de Henan e conhecido mundialmente pela ligação ao kung fu e ao budismo chan, é o mestre Yinle, que desde 2005 exercia como abade do histórico templo do Cavalo Branco (Baima), na mesma região.

Segundo um comunicado oficial emitido pela administração do templo Shaolin, a nomeação foi realizada de acordo com os procedimentos estipulados pela regulação estatal e contou com o apoio da comunidade monástica local.

As autoridades religiosas acusam-no de desviar fundos ligados ao templo e de manter relações impróprias, tendo pelo menos um filho reconhecido, em violação dos votos monásticos.

Shi, de 59 anos, liderou o mosteiro durante mais de três décadas e tornou-se uma das figuras mais conhecidas do budismo chinês. Em 2015, já tinha sido alvo de denúncias semelhantes, mas as autoridades encerraram então o caso sem apresentar acusações.

O novo abade, cujo nome secular é Yin Qingquan, nasceu em 1966, em Henan, e foi ordenado monge na década de 1980.

Yinle ocupa ainda cargos em instituições oficiais, sendo atualmente deputado da Assembleia Popular Nacional e tendo integrado até 2023 o Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, órgão consultivo composto por delegados de várias organizações.

Segundo a imprensa local, a atividade turística no templo prossegue normalmente, apesar do escândalo.

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