Exclusivo

Angola

Nelito Ekuikui, líder da jota da UNITA: “Em Angola não há democracia. Não se pode aprofundar algo que não existe. Somos uma autocracia”

Nelito Ekuikui, deputado e secretário-geral da JURA, o braço juvenil da UNITA
Nelito Ekuikui, deputado e secretário-geral da JURA, o braço juvenil da UNITA
ANTONIO PEDRO FERREIRA

Em entrevista ao Expresso, o secretário-geral da JURA, a ala jovem do principal partido da oposição angolano, não poupa nas críticas ao MPLA, que governa o país há 50 anos. Apontando a captura das instituições como o maior obstáculo à mudança, propõe a eleição de juízes e a exclusão da Casa Militar do Presidente dos processos eleitorais. Nelito Ekuikui acusa João Lourenço de não ter sentido de Estado e evita falar das tensões internas na UNITA

Deputado desde 2017, Nelito Ekuikui é, há dois anos, secretário-geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), o braço juvenil da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o principal partido da oposição. Em entrevista ao Expresso em Lisboa, acusa o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência do país, em 1975, de manter um “jogo viciado”, ser o rosto do “neocolonialismo em África” e já não ter “nada a dar” a Angola.

Ekuikui propõe medidas como a eleição direta de juízes do Tribunal Constitucional, mas evita falar de divisões na UNITA, que tem Congresso Nacional agendado para dezembro. “É preciso identificar o interesse maior do partido”, diz.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate