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Estados Unidos desafiam presença russa na República Centro-Africana e tentam substituir-se ao Grupo Wagner: tarefa “quase impossível”

Viatura do Grupo Wagner na base de Bangassou, na República Centro-Africana, em 2021
Viatura do Grupo Wagner na base de Bangassou, na República Centro-Africana, em 2021
ALEXIS HUGUET/AFP/Getty Images

Autoridades centro-africanas estão em conversações com empresa americana de segurança privada, o que sugere interesse dos Estados Unidos em reduzir influência da Rússia. Turbulência interna do Grupo Wagner, após morte do chefe Yevgeni Prigozhin, estará a ser aproveitada. Coronel do exército português alerta que presença de mais atores contribuirá para complicar segurança num país onde Portugal tem o mais importante envolvimento nacional em operações de paz

Estados Unidos desafiam presença russa na República Centro-Africana e tentam substituir-se ao Grupo Wagner: tarefa “quase impossível”

Hélder Gomes

Jornalista

O porta-voz da presidência da República Centro-Africana (RCA) disse, na última semana de 2023, que o país estava a esforçar-se por diversificar as suas relações. Em concreto, Albert Yaloke Mokpeme referiu que a RCA, em guerra civil desde 2012, procurava o apoio de países como os Estados Unidos e a Rússia para treinar os seus soldados. “Os Estados Unidos também estão a oferecer à RCA a formação de soldados, tanto em solo centro-africano como em solo americano”, adiantou, citado pela Deutsche Welle.

O potencial envolvimento da empresa americana de segurança privada Bancroft sugere um interesse de Washington em reduzir a influência russa na RCA, acrescenta a emissora alemã. Ora, isto acontece numa altura em que o Grupo Wagner vive um período de turbulência interna após a morte, na queda de um avião, do seu fundador, Yevgeny Prigozhin. O ex-líder do grupo de mercenários morreu em agosto, exatamente dois meses depois de uma rebelião abortada cujo objetivo era marchar até Moscovo, em protesto contra a estratégia seguida pelo Kremlin na guerra contra a Ucrânia.

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